Que a vida não é fácil a gente descobre na marra. Passa-se o tempo todo planejando e num insight tudo se esvai. Você descobre um propósito, percebe a catarse e simplesmente não possui forças suficientes para continuar segurando a corda.
Todas as decisões que tomou, todas as certezas, agora parecem incertas. A mente de um artista é insana, ou ela explode ou permanece adormecida. É insolúvel. Os dedos tamborilam inquietos, o corpo todo treme, é uma reação parecida com a abistinência. O vício? bem, ele é inconstante, ás vezes é a arte, ás vezes é a preguiça e o embargo mental. Não é sempre que a mente acompanha as vontades do corpo.
E vontade não falta de seguir os instintos. A gente sobrevive. De algum lugar a gente sai, e á algum lugar se chega, isso é certeza, e a poesia é o sobre o caminho, pois é nele que é decidido quem ganha e quem perde. Faça nossa, a tua vontade. Ou arrisca, ou passa a vida lamentando. Cada escolha é uma renuncia e são apenas dois braços, mas mesmo assim toma um partido. O universo já cansou de nos ver em cima do muro.
terça-feira, junho 18, 2013
segunda-feira, junho 17, 2013
Mil motivos para amar você
Você me prende de um jeito que me deixa sem saída. Me mostra quem eu sou, quando não quero ser, só quero estar. Me coloca no meu lugar, que é mais alto do que eu costumo ficar.
Você faz com que eu me importe, nem que seja por um segundo e nesses longos segundos me dá sentido pra continuar lutando.
Quantas vezes não pensei em desistir, deitar e ficar pra sempre só sonhando com o que é bom. Você me mostra o que é bom. Quantas vezes simplesmente eu mando você ir querendo que, na verdade, você fique. Te odiei um dia, e te amei mil.
Você é a parte que falta em mim e me completa. Mas eu sou incompleta, nascida e criada, um milhão de problemas multiplicados por um milhão de defeitos. Não sou do tipo modesta, falo logo o que acho de mim mesma. Você foi avisado que não seria fácil me amar, sou inconstante, só acho espaço por aqui, entre os paragráfos, porque as palavras, eu posso reescrevê-las, mas com você é tudo assim: BUM!
Não diga que não avisei que era louca, não diga que não falei sobre os pés nas nuvens, não pense que é tudo uma fase, porque nada se faz com peças desiguais. Não adianta consultar o dicionário para entender minhas palavras, porque é preciso viver aqui dentro e o prédio encontra-se fechado para manuntenção.
Você está sempre lá, sempre aqui, em qualquer lugar, mas perto de mim. Eu já me deixo voar, chego bem alto e você me lembra que não tenho asas. O jeito é seguir a pé, aqui dentro está tudo congestionado, um verdadeiro caos. Eu já nem sei o que fazer comigo, você sabe, por isso eu ame você.
Nem meus textos, nem minha vida possuem coesão, está tudo ai jogado a qualquer sentido. O vento que leve, e faça bom uso, você que não entenda e lide com isso. Eu sou só os espinhos, despetalei-me pelo caminho, ou nunca fui flor, nunca tive perfume, nunca abri um botão. Mas você mesmo assim me cultiva e me rega, ignora as pontas dos dedos cortados pela minha rigidez. Uma erva daninha.
Você me prende de um jeito que me deixa sem saída e sem palavras. Me troca e me toca, me mantém na luz. Tenho raiva de você, porque me sacode pelos ombros e porque ainda não percebeu que
Você é um cara que vale por mil.
Um para cada defeito meu.
Você faz com que eu me importe, nem que seja por um segundo e nesses longos segundos me dá sentido pra continuar lutando.
Quantas vezes não pensei em desistir, deitar e ficar pra sempre só sonhando com o que é bom. Você me mostra o que é bom. Quantas vezes simplesmente eu mando você ir querendo que, na verdade, você fique. Te odiei um dia, e te amei mil.
Você é a parte que falta em mim e me completa. Mas eu sou incompleta, nascida e criada, um milhão de problemas multiplicados por um milhão de defeitos. Não sou do tipo modesta, falo logo o que acho de mim mesma. Você foi avisado que não seria fácil me amar, sou inconstante, só acho espaço por aqui, entre os paragráfos, porque as palavras, eu posso reescrevê-las, mas com você é tudo assim: BUM!
Não diga que não avisei que era louca, não diga que não falei sobre os pés nas nuvens, não pense que é tudo uma fase, porque nada se faz com peças desiguais. Não adianta consultar o dicionário para entender minhas palavras, porque é preciso viver aqui dentro e o prédio encontra-se fechado para manuntenção.
Você está sempre lá, sempre aqui, em qualquer lugar, mas perto de mim. Eu já me deixo voar, chego bem alto e você me lembra que não tenho asas. O jeito é seguir a pé, aqui dentro está tudo congestionado, um verdadeiro caos. Eu já nem sei o que fazer comigo, você sabe, por isso eu ame você.
Nem meus textos, nem minha vida possuem coesão, está tudo ai jogado a qualquer sentido. O vento que leve, e faça bom uso, você que não entenda e lide com isso. Eu sou só os espinhos, despetalei-me pelo caminho, ou nunca fui flor, nunca tive perfume, nunca abri um botão. Mas você mesmo assim me cultiva e me rega, ignora as pontas dos dedos cortados pela minha rigidez. Uma erva daninha.
Você me prende de um jeito que me deixa sem saída e sem palavras. Me troca e me toca, me mantém na luz. Tenho raiva de você, porque me sacode pelos ombros e porque ainda não percebeu que
Você é um cara que vale por mil.
Um para cada defeito meu.
quarta-feira, maio 22, 2013
Déjá Vu
Aquele sentimento de já ter visto determinada cena, e saber tudo o que vai acontecer...
Eu poderia dizer que cada segundo ao seu lado é um Deja vu dos contos de fadas.
Te conhecer, ao primeiro ver, foi absurdamente estranho, foi quebrar todas as regras, foi dizer sim ao não, foi tomar decisões sob medidas desesperadas e não há dúvidas em meu coração de que foi a negligência mais sábia da minha vida.
Eu descobri você de uma vez, e por inteiro, aos poucos. Conheci os seus medos, os seus sonhos, seus olhares secretos, descobri um novo você que compartilha comigo os dois lados seus. E gosto dos dois.
Amei você aos pouquinhos e quando por inteiro, intensamente. Amei, amo, amarei em todas as vidas que possuir.
Eu poderia dizer que cada segundo ao seu lado é um Deja vu dos contos de fadas.
Te conhecer, ao primeiro ver, foi absurdamente estranho, foi quebrar todas as regras, foi dizer sim ao não, foi tomar decisões sob medidas desesperadas e não há dúvidas em meu coração de que foi a negligência mais sábia da minha vida.
Eu descobri você de uma vez, e por inteiro, aos poucos. Conheci os seus medos, os seus sonhos, seus olhares secretos, descobri um novo você que compartilha comigo os dois lados seus. E gosto dos dois.
Amei você aos pouquinhos e quando por inteiro, intensamente. Amei, amo, amarei em todas as vidas que possuir.
sexta-feira, abril 26, 2013
Boa viagem
Tanto fugiu que uma hora se encontrou. Tanto quis que foi lá e fez. E quantas vezes levantar todos os dias não foi mais uma prova de cada um recebe o fardo do tamanho que pode aguentar. E o dela era enorme.
"Viver é melhor que sonhar" dizia aquela música, mas quem vive sem sonhar? é ele quem faz as engrenagens do corpo funcionarem, quem produz a Catarse, quem liga a matéria, o corpo e o espirito.
A gente sobrevive, mas pra ela, só se vive mesmo quando se encontra um sentido. Sentir.
Dar um passo a frente, significa ir mais a diante, mesmo que seja pra ponta de um abismo, estar parado faz enlouquecer. A gente para, a vida não.
Ela promete que não vai olhar pra trás, seu caminho só tem uma direção. Se o destino não for nessa esquina, vai ser na próxima, sem problemas. Ela calça bons sapatos.
segunda-feira, março 18, 2013
Última vez.
Eu costumava gostar mais de nós do que de mim mesma. Na verdade eu gostava mais de mim quando estava do seu lado. A gente se divertia muito, ria de mais e amava também, bom, pelo menos eu amava.
Mandar mensagem de madrugada, ligar meia noite no dia do aniversário eram coisas que nós fazíamos por que nos gostávamos e apreciávamos a companhia da outra... pelo menos eu sim.Você era tudo o que eu não era, e me dava coragem pra fazer as coisas que talvez nunca teria feito sem você e justamente por isso tudo tenha acabado do jeito que acabou. Quando digo que não entendo porque você mudou, as pessoas me respondem dizendo que você sempre foi da maneira que é. Só eu não enxergava isso? Porque eu te amava mais do que tudo e dei tudo de mim pra você? Porque você é uma cretina e eu sinto sua falta?
As pessoas tem certa razão sobre mim e o fato de eu ser ingênua, eu enxergo o melhor das pessoas e por isso sou deixada pra trás todas as vezes.
O que mais me deixa irritada é pensar que as coisas durariam pra sempre e tudo seria lindo como imaginávamos, que o glitter das canetas coloridas ficariam pra sempre nos nossos cadernos e que seria eu e você contra o mundo. Me irrita saber que nunca aconteceu esse "eu e você".
Eu prometo que essa vai ser a última vez que vou sentir a sua falta, que vou lembrar que um dia você significou alguma coisa pra mim. Talvez seja a falta dos meu remédios, talvez seja aquela sensibilidade feminina que bate ás vezes ou talvez seja porque você é uma vagabunda e partiu meu coração. Isso é só um desabafo, não estou voltando atrás, até porque nunca vou conseguir ser tão cega a seu respeito novamente.
Não é hipocrisia nenhuma de minha parte dizer que eu realmente espero que você seja feliz, quero que seja feliz porque o dia em que se der conta do valor e da importância do que você perdeu, pode ter certeza de que nem todo o dinheiro muito menos qualquer cartão, podem trazer de volta.
terça-feira, março 05, 2013
Querido Diário,
Hoje eu me peguei sentindo falta da minha vida antiga. Da rotina de acordar todos os dias ás 6:00hs em ponto, de vestir o uniforme dobrado sobre a escrivaninha e fazer delineador de gatinho. Meu pai preparava meu lanche na cozinha, e eu adorava aquilo, a expectativa, descobrir o que iria comer somente na hora.
Ás 6:35hs eu já estava na frente da escola. Era a primeira a chegar na maioria das vezes, por isso sentava na escada e ficava ouvindo minhas músicas no iPod, era bom observar as pessoas chegando, e dependendo da minha vibe na época, ficava curtindo uma boa música do momento. Meus amigos chegavam aos poucos e era ali que descobríamos os trabalhos que precisavam ser feitos e copiar as coisas de última hora. Eu dou risada com o tempo desperdiçado que nós tínhamos, hoje faço o que preciso fazer nos cinco minutos livres que tenho, e daria qualquer coisa pra ter a tarde toda pra mim.
Sempre no mesmo lugar, eu esperava minha melhor amiga chegar, nunca entrava antes dela porque ela sempre passava na padaria ao lado da escola pra comprar pão de queijo e todynho, e eu nunca comi um pão de queijo tão gostoso quanto aquele.
Eu só ganhei um celular no meu terceiro colegial, por isso nunca sabia de nada até cruzar os corredores, as pessoas novas, quem ia, quem não ia... No começo eu sentia falta de saber das coisas, mas depois acho que tudo acabou vindo de uma vez só.
Sinto muito a falta de sentar com meu grupo de amigos e burlar o mapeamento*, ouvir as histórias do final de semana e rir muito, sem parar. Costumo me perguntar o que achávamos tão engraçado ou porque éramos tão felizes.
Tinha também a paquera no corredor com o garoto da outra sala, aquela coisa boba de adolescente, sentar numa cadeira perto da porta pra ficar vendo ele passar. Ás vezes sinto falta dessa minha timidez. Ou então brigar com alguém e levar aquilo a sério como uma grande guerra mundial, ficar sem se falar por várias semanas e no final de tudo nem lembrar mais do que aconteceu. Apesar de que algumas coisas tenham sido tão sérias pra mim que cortei relações definitivamente da minha vida, ou como o Garoto do Suéter azul costumava dizer: "Excluiu do Face, Excluiu da Vida".
Eu que nunca fui fã de futebol, virava chefe de torcida organizada pelo time da sala. A gente levava a sério mesmo esse negocio de defender o nome. Saíamos roucos de tanto gritar e pintávamos o rosto que nem guerreiros. Apesar de nunca participar de nenhum esporte, eu garantia a torcida mais animada.
Eu tenho um milhão de lembranças dessa minha vida antiga e bate uma nostalgia enorme só de pensar no lugar e nas pessoas, nas coisas que fiz e as que deixei passar. Os bons amigos, os bons professores e as boas histórias, eu tento carregar comigo todos os dias, as coisas ruins, serviram de lição pra minha vida atual. E mesmo tendo vivido tão pouco comparado com o que eu gostaria, acho que todo mundo recebe o fardo do tamanho que pode carregar, e deve ser por isso que cheguei até aqui.
Como reclamava antes, reclamo agora, mas espero no futuro poder escrever sobre as boas nostalgias desse presente também. Quero poder usar minhas próprias lembranças como um empurrão quando cair, e isso será a minha certeza de que tudo, absolutamente tudo valeu a pena.
*mapeamento é como organizavam as cadeiras por ordem de chamada ou de número.
Ás 6:35hs eu já estava na frente da escola. Era a primeira a chegar na maioria das vezes, por isso sentava na escada e ficava ouvindo minhas músicas no iPod, era bom observar as pessoas chegando, e dependendo da minha vibe na época, ficava curtindo uma boa música do momento. Meus amigos chegavam aos poucos e era ali que descobríamos os trabalhos que precisavam ser feitos e copiar as coisas de última hora. Eu dou risada com o tempo desperdiçado que nós tínhamos, hoje faço o que preciso fazer nos cinco minutos livres que tenho, e daria qualquer coisa pra ter a tarde toda pra mim.
Sempre no mesmo lugar, eu esperava minha melhor amiga chegar, nunca entrava antes dela porque ela sempre passava na padaria ao lado da escola pra comprar pão de queijo e todynho, e eu nunca comi um pão de queijo tão gostoso quanto aquele.
Eu só ganhei um celular no meu terceiro colegial, por isso nunca sabia de nada até cruzar os corredores, as pessoas novas, quem ia, quem não ia... No começo eu sentia falta de saber das coisas, mas depois acho que tudo acabou vindo de uma vez só.
Sinto muito a falta de sentar com meu grupo de amigos e burlar o mapeamento*, ouvir as histórias do final de semana e rir muito, sem parar. Costumo me perguntar o que achávamos tão engraçado ou porque éramos tão felizes.
Tinha também a paquera no corredor com o garoto da outra sala, aquela coisa boba de adolescente, sentar numa cadeira perto da porta pra ficar vendo ele passar. Ás vezes sinto falta dessa minha timidez. Ou então brigar com alguém e levar aquilo a sério como uma grande guerra mundial, ficar sem se falar por várias semanas e no final de tudo nem lembrar mais do que aconteceu. Apesar de que algumas coisas tenham sido tão sérias pra mim que cortei relações definitivamente da minha vida, ou como o Garoto do Suéter azul costumava dizer: "Excluiu do Face, Excluiu da Vida".
Eu que nunca fui fã de futebol, virava chefe de torcida organizada pelo time da sala. A gente levava a sério mesmo esse negocio de defender o nome. Saíamos roucos de tanto gritar e pintávamos o rosto que nem guerreiros. Apesar de nunca participar de nenhum esporte, eu garantia a torcida mais animada.
Eu tenho um milhão de lembranças dessa minha vida antiga e bate uma nostalgia enorme só de pensar no lugar e nas pessoas, nas coisas que fiz e as que deixei passar. Os bons amigos, os bons professores e as boas histórias, eu tento carregar comigo todos os dias, as coisas ruins, serviram de lição pra minha vida atual. E mesmo tendo vivido tão pouco comparado com o que eu gostaria, acho que todo mundo recebe o fardo do tamanho que pode carregar, e deve ser por isso que cheguei até aqui.
Como reclamava antes, reclamo agora, mas espero no futuro poder escrever sobre as boas nostalgias desse presente também. Quero poder usar minhas próprias lembranças como um empurrão quando cair, e isso será a minha certeza de que tudo, absolutamente tudo valeu a pena.
*mapeamento é como organizavam as cadeiras por ordem de chamada ou de número.
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