quarta-feira, março 03, 2010

Conveniência


Ele estava me deixando. Mas não como costumava fazer sempre, quando brigava comigo 
pelo telefone e depois no outro dia me ligava, agora ele estava me deixando mesmo e não queria me ver mais. E eu estava chorando, e pensando como fui idiota, mas também não como daquelas vezes em que só bastava ele me abraçar e meus pensamentos se esvaiam, agora eu me sentia idiota mesmo, por ter feito tudo que fiz por um cara que levava a vida levianamente.
Eu chorava por me sentir sozinha e traída, por fantasiar mil coisas e vê-las despedaçarem aos meus pés; Eu chorava por querer trazê-lo de volta enquanto a porta ainda estava aberta, e chorava por ter acreditado que ele seria meu pra sempre.
Mas após ter enxugado minhas lágrimas e olhado meu rosto inchado no espelho, eu soube que aquelas águas salgadas que caiam dos meus olhos, já não eram mais por amor, afinal, talvez eu nem gostasse tanto dele assim, talvez eu estivesse somente com o orgulho ferido, e enão quisesse admitir que há muito tempo aquilo deixara de ser amor para se tornar conveniência.


2 comentários:

Hey, quer sorvete de quê?