Já nascemos impulsionados pelo medo, somos sobretudo, criaturas dele, algo que não é palpável, mas parte da nossa própria mente. Crescemos rodeados por monstros embaixo da cama que mais tarde passarão de lá para o espelho e por diante em vários outros momentos da nossa vida. E não apenas porque somos animais instavelmente emocionais, mas porque é o medo que de certo modo nos obriga a sobreviver.
Estudos científicos já provaram que a sensação de pusilanimidade, é uma das armas mais eficientes para nossa auto-preservação. O medo gera uma descarga de adrenalina que nos capacita em ser mais rápidos e mais fortes e estarmos preparados para uma situação de fuga. Nos dias de hoje, dificilmente algum individuo vai precisar de toda essa energia manipulada pelo medo para escapar de alguma situação de risco, o mais provável é que ela seja canalizada para acontecimentos sociais, isto é, do nosso cotidiano. Por exemplo o medo do fracasso, medo da decepção amorosa, o medo de envelhecer e até mesmo o medo de progredir.Quando esse processo natural a invés de ajudar, passa a interferir na vida de uma pessoa, impedindo que ela a conduza normalmente, essa simples questão pode se transformar num verdadeiro "caos" psicológico . Por outro lado, quando impulsiona ao avanço, traz como recompensa a oportunidade de superar a si mesmo e de crescer como pessoa capaz dentro da sociedade.
Apesar do crescimento tecnológico, e de como dizem, deste novo conceito de civilidade do qual vivenciamos, ainda participamos de uma "selva", onde o mais forte sempre estará no topo da cadeia alimentar. Por esta razão, as conquistas humanas só são realizadas quando o individuo livra-se dos instintos de fugir e encara de frente os temores, sejam eles quais forem, uma característica que muito nos diferencia dos demais animais: a oportunidade de escolha. Ainda assim, há aqueles que negam, aqueles que são orgulhosos demais para admitir que a coragem, mesmo que produzida numa parte minuscula do nosso cérebro, só funciona de verdade quando envolvemos juntamente nosso coração.
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