Algumas pessoas simplesmente nascem para algumas coisas, e as palavras eram sua válvula de escape desde que se entendia por gente, desde da primeira história escrita por ela e então, mesmo tão infantil e pequena sabia que não era sua escolha, mas que viveria pra sempre carregando esse "fardo".
"Fardo, sim senhor!" pensou ela ainda apoiada na mesa, pois não era só um fardo como um vicio, pois esses últimos meses tinham sido terríveis sem todo esse blá blá blá de sempre. Ela não escrevia simplesmente porque aquilo lhe dava prazer, mas porque era a única maneira de aliviar a tensão, aliviar a saudade, a dor, a tristeza... Queria ela ser um pouco normal, beber uma vodca e pronto, mas nem isso ela conseguia.
Quanto tempo ela lutou pra mudar isso de dentro, mas no final acabou voltando pro mesmo lugar, haha pobrezinha.
Ela estava feliz, podem acreditar, a cara de tédio não deixava transparecer mas a criatividade, assim como a droga, pulsava dentro dela para sair. A garota fazia o que podia, na medida que podia, gostaria de sair jogando tinta nas paredes do lugar de onde trabalhava, nas pessoas... Mas infelizmente como nem todo mundo pode entender a arte, só o que lhe restava era abrir um arquivo velho de wordpad e se entregar sem olhar pra trás.
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Hey, quer sorvete de quê?